sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Coisa bonita, coisa gostosa

A mulher, segundo Botero
À medida que o tempo passa, as medidas aumentam. O corpo vai ganhando “carnes” que se contornam em curvas voluptuosas entre saliências, fendas e reentrâncias. Até parece com coisa de geologia e geomorfologia, com escala temporal e espacial bem diferenciada. A causa dessa nova paisagem corporal é a gordura, que vai se depositando, preenchendo, formando protuberâncias e profundezas entre as dobras. Um novo shape que se molda.

O terror feminino com a forma é praticamente diário, depois da ditadura imposta pela estética Twigg, dos anos 60. Com a maioria dos homens parece ser diferente, definitivamente não se importam e, para piorar, usam e abusam de justificativas machistas para vangloriar dos seus volumes incorporados e mal distribuídos. Caem em si quando recomendado, claro, após intervenção médica.






A gordura é formada por três moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol, dando origem ao famoso e assombroso “triglicerídeo”. Ela não é de toda má e tem lá sua importância no contexto da vida e da saúde humanas: é fonte de energia, isolante térmico (não há muita necessidade aqui em Cuiabá) e auxilia na síntese e funcionamento de algumas substâncias, entre elas, hormônios sexuais, dentro dos padrões.

A mulher, segundo Rubens
 A nova, talvez nem tão nova, epidemia mundial é a obesidade. A causa? Adoção de hábitos modernos. Cada vez menos andamos, trabalhamos e movimentamos fisicamente. A "vida moderna" facilita nossa locomoção (em termos!) e o acesso a alimentos. Tornou desnecessária belicosidade humana de lutar para conseguir a comida, formar e manter a família e o grupo social e assim por diante. A maior e incessante luta diária que enfrentamos é pela posse do controle remoto; quem o tem, detém o poder. O pior de tudo é que essa epidemia não tem fronteiras e se alastra nos núcleos mais pobres. Convenhamos, parece ser um paradoxo, não? Mas não é excesso de alimentação, é exagero e ingresso a produtos alimentares da pior qualidade.  Caso de saúde pública e de polícia!!!!!!
Twigg, ontem (Sec. XX)

Adele, hoje (Sec. XXI)
 Voltemos às volúpias. Tá na cara a felicidade nas pessoas mais fofinhas. Não é por possuir mais que há menos sensualidade. Olhem os homens e mulheres de Botero. Elas exalam erotismo. Compare com a secura das musas de Modigliani. Por falar em comparar... rolou nas redes um face a face entre duas ícones da saúde e/ou do bem viver? Nigella e Gillian MacKeith, ambas inglesas, 5.5. A morena é uma gourmet meio que descontrolada. A loira, lida com reeducação e impõe uma vida disciplinada, nos moldes em que viviam os cidadãos/soldados espartanos.

A mulher, segundo Modigliani

O pastelão (pastelão... hummm!!!) da dupla conhecida por todos nós é a síntese da conversa de hoje. A grande obra de Cervantes também nos remete a esses biotipos opostos. Mas tudo indica que vai faltar gente magra, pra tantas pessoas fofinhas que existem no mundo. Enquanto isso, o mundo também engorda em termos de população. É hora de parar... Parar... parar do que? Parar de escrever, claro. Tá na hora de fazer um lanchinho.   

Gillian McKeith X Nigella Lawson


Shiiii, só uma boquinha

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