quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Foco nas famílias

Não foi nada programado pra produzir um texto. Mais uma vez o acaso e eis aqui o resultado disso. Assistimos na segunda-feira “Minhas mães e meu pai”, não nos sentimos tão impelidos a discorrer sobre o filme. Mas nesta terça, zapeando a TV, surge “As filhas do botânico”. Duas visões diferenciadas sobre o homossexualismo feminino. “É incrível a força que as coisas têm quando elas precisam acontecer”. Essa frase, de quem desconhecemos a autoria e que já foi registrada no Tyrannus, torna-se necessária novamente.
Lisa Cholodenko
Dirigido pela americana Lisa Cholodenko, “Minhas mães e meu pai” (2010), tem na atuação de Annette Bening, talvez, o seu maior predicado. É impossível não senti-la, na pele daquela que é “a responsável pelo churrasco” da casa. Nic é uma criatura real que parece estar em nosso convívio. Sua performance lhe valeu indicação ao Oscar. Seria injusto não mencionar todo o elenco, muito bem encaixado em seus personagens. A consagrada Julianne Moore e Mark Ruffalo, e os jovens Josh Hutcherson e Mia Wasikowska, estão longe de decepcionar. O filme, classificado como comédia, vai diretaço no tema, sem rodeios ou cerimônias.






Ao longo dos diálogos há algumas pérolas, mas nem tudo é perfeito. Antes de optar por escrever sobre o filme, reclamei de sua trilha sonora e da sua fotografia que nada acrescentam. O filme é muito pasteurizado, com uma pegada comercial, mas é divertido.
Numa relação entre duas mulheres, cujo casamento não vive o seu melhor momento, aparece um pai biológico pra balançar essa estrutura familiar moderna. O papel dos filhos na celeuma criada será fundamental no desenrolar da trama, fazendo com que o triângulo amoroso tome seu rumo.
Aí pinta outro filme, oriental, também abordando o homossexualismo entre mulheres. “As filhas do botânico” é bonito e triste. Produção franco/canadense de 2006, que tem a direção do chinês Sijie Dai. A fotografia e a música ultra rebuscadas nos deixam extasiados. O estilo da maior parte das narrativas orientais costuma ser arrastado. Gosto disso. Talvez, por causa dos 3 mil anos a mais de história e cultura que esses povos acumulam, em relação aos ocidentais. O enredo desenvolve-se quando um renomado botânico, que trabalha com sua filha, recebe uma bela estagiária.
Sijie Dai





Comparando o tratamento que é dado ao homossexualismo na China e nos EUA, não restam dúvidas de que é muito melhor e mais fácil ser gay nos Estados Unidos. Os dois filmes jogam luz na temática do homossexualismo que apesar de estarmos no século XXI, ainda não deixou de ser tabu. Bom, assistam aos dois filmes e faça seu próprio juízo. Não deixamos de recomendar.  

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