sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Parna Chapada dos Guimarães


Que maravilha, que privilégio viver a menos de 60 km de um Parque Nacional, no caso o de Chapada dos Guimarães. Visitar uma unidade de conservação, depois de quatro dias confortavelmente instalados, em poltronas macias, ar condicionado a mil, atentos e às vezes nem tanto, às experiências e debates com a participação de uma dezena de experts na área de turismo em unidades de conservação, partimos com 40 congressistas, entre alunos de graduação, professores e empresários, para a mais próxima e bela área protegida de Cuiabá.
O jornalista e ambientalista Marcos Sá Correa diz que os europeus criaram os museus para perpetuar e socializar os  fabulosos acervos produzidos pela inteligência e cultura humana e que o maior legado dos americanos ao mundo foi a ideia dos parques nacionais, que promovem a reaproximação do homem com a natureza, protegendo significativas e importantes áreas, de possíveis alterações provocadas pelo homem.  






O Parque Nacional Chapada dos Guimarães foi criado devido à reivindicação de ambientalistas e de Ongs da região, em 1987. Seus objetivos, de acordo com a legislação, são: “preservação de ecossistemas naturais de relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”. Essa citação é clara e cristalina como as águas que nascem na área protegida.    
    




Morar perto desse Parque e conviver com essa proximidade requer reflexões. De que forma, por exemplo, as sociedades cuiabana e chapadense se manifestam em relação ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães? Os chapadenses parecem mais envolvidos, principalmente o comércio e a administração municipal, mas com posicionamentos controversos e grotescamente errôneos em relação à sua administração e seus objetivos conservacionistas. Cuiabá, que detém a maior porção da área em seu território, parece não enxergar o Parque como um vetor de oportunidades de negócios, de desenvolvimento intelectual,de lazer e recreação para sua população. Caso o Parque não existisse, muito provável, a especulação imobiliária seria muito mais interessante para alguns setores da sociedade.



Nossa chegada ao Parque foi pela manhã. Fomos recebidos pelo seu chefe e dois analistas que repassaram um pouco da história, das perspectivas de futuro, dos problemas e, principalmente, como aconteceria a viagem técnica, que estava prevista como parte da programação do Congresso de Natureza, Turismo e Sustentabilidade.  


Passeamos pelas trilhas e visitamos cachoeiras e locais de rara beleza durante quatro horas aproximadamente. Uma canseira braba, mas sempre amenizada pelas refrescantes águas e as cachoeiras aliviando a tensão. As paisagens espetaculares e os detalhes da fauna do cerrado completavam essa experiência única, que brota desse contato respeitoso com a natureza. A dupla aqui do Tyrannus, que conhece a região, muito antes da implantação do Parque, claro que se esbaldou e relembrou dos “velhos tempos”.



Encontramos, por acaso, com o Prudêncio de Castro, professor da UFMT com uma turma de alunos. Geólogo referiu-se assim quando nos avistou: Olha lá um Tyranossauro Rex!!! Tyrannus Melancholicus é um ave, os cientistas dizem que as aves são répteis evoluídos!! Tudo a ver.
O Parque Nacional de Chapada dos Guimarães é inesquecível. Ouvi de repente o Lorenzo dar um grito quando entrou debaixo da cachoeira. Um cara do meu lado disse que era um grito primordial. E que devemos tentar dar uns gritos primordiais, de vez em quando, faz bem. Não entendi bem, mas achei legal!
Ontem dissemos que ficamos “pedestres” por seis anos, isso não é verdade: somos pedestres por natureza: andamos, caminhamos. Somos seres terrestres.  
Resolvemos registrar a emoção e a alegria que vivemos hoje. Dedicamos nossas palavras e imagens, especialmente, aos congressistas que compartilharam conosco este dia divertido, mas também de muito conhecimento.

Que maravilha, que privilégio viver perto de um Parque Nacional, pense nisso e invista: você vai gastar pouco, ganhar muitas horas felizes, muito sol, água fresca, ar puro, paisagens deslumbrantes e muiiiiitas lembranças, registradas ou não em fotos e filmes, desses momentos com a natureza.





sob cachoeira
o homem é caverna:
poesia grita (LF)

2 comentários:

  1. Adorei o Haikai!! Quem é LF, o vulgo tyranossauro? grande abraço. Saudade... Vc me ligou ontem? Te retorno mais tarde to indo pra aula.

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  2. show!!!!experiência incrível e inesquesível!!!!!
    parabéns a todos os privilegiados que puderam fazer parte deste momento!!!!!!!
    Giana Corrêa
    Fundação Neotrópica do Brasil

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