domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos pais


Não. Escrever sobre o Dia dos Pais, não. Ele já está quase findando. Muito menos sobre o futebol. O Fluminense perdeu de novo e o Corinthians só empatou. Aqui em casa uma das cabeças tá inchada e a outra..., bem, sobre a outra nada devo falar. Mulheres têm opiniões diferenciadas sobre o futebol. Cada vez mais cresce a participação delas nesse esporte que ainda é, mas já foi muito mais machista. Pra elas a dificuldade unânime, certamente, é a regra do impedimento. Segundo o cara aí de cima, toda a unanimidade é burra. Deixa pra lá.

Tudo bem, nada de Dia dos Pais, mas tivemos um domingão bem família. Conseguimos sair de casa para almoçar com nossos entes queridos. Sair de casa, onde quer que seja, significa, em primeiro lugar padecer no calor. Tá rolando uma piada assim: No rala e rola a mulher pede pro marido que ele diga uma coisa bem quente, no seu ouvido. E ele diz: Cuiabá!


Almoço com a sogra ou com a mãe, pai, irmãos, cunhadas, sobrinhos, sobrinhas, tios, tias e toda a parentaiada reunida costuma ser um programa divertido. Pra quem escreve, tais situações provocam interessantes crônicas familiares. Não dá pra escapar, Nelson Rodrigues na cabeça!!! Os textos, desse fluminense roxo, são riquíssimos, mas o retrato familiar que ele pinta e borda, não tem nada a ver com a paisagem de um lago com águas tranquilas.

Por falar em águas tranquilas, cadê a água? Vários bairros da cidade estão com problemas de abastecimento do precioso líquido. E lembrar que Mato Grosso é também conhecido como o Estado das Águas, e que no médio norte fica o divisor de águas das duas principais bacias hidrográficas da América do Sul, a Amazônica e a Platina. Essa conversa de falta d'água em Cuiabá faz horas que a gente escuta. Entra ano, sai ano, a coisa não muda. É um motivo a mais pra descer a lenha na administração pública desta cidade.



Lata d'água na cabeça...
Chegamos a ler num site noticioso, neste domingo, uma espécie de justificativa da Sanecap: "Se nada der errado, em seis dias a distribuição se normaliza". Francamente. A Sanecap tem sido freguesa da mídia. Pauta quente neste lugarzinho também quente. Quente pra catiça. Sofro de preguiça, misturada com falta de vontade, para ler os detalhes e as explicações em torno desse problema crônico que atravanca nossa cidadania.

Logo depois do almoço vimos algumas nuvens ligeiramente acinzentadas se avolumaram, uma jovem brisa batia vez em quando davam pinta de chuva. Ou chuvisco. Alarme falso. A metereologia diz que até o dia 23 não chove por aqui. No final da tarde e à noite, em casa, refestelados na poltrona, o clima melhorou. Melhorou assim que ligamos o ar condicionado.
 
Céu de Cuiabá, a noite

E assim ficou pra trás mais um domingo. Dia triste esse, na minha opinião. Não sei bem se mais pra triste, ou pra chato. Recebi um telefonema da filha, algo mais ou menos assim: "Liguei pra dizer aquelas coisarada sem graça". Tá certa ela. Mas ligou. Se não ligasse, não me importaria. O outro filho, que está do outro lado do mundo, talvez domesticando algum marsupiau mandou e-mail, também fui lembrado por ele. Pedi pra não ganhar presente. E liguei pro meu pai. Então, fica assim: em matéria de texto, pra este domingão, já fui até onde podia.


Saudades da chuva...

Nenhum comentário:

Postar um comentário