quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Minha pátria é minha língua


Cena de Língua - Vidas em português
Uma viagem deu num blog. Viagem não dura pra sempre, é preciso voltar e retomar as atividades profissionais. Blog é outra viagem. Entonces, a gente continuou viajandões. Esse mundão desporteirado, cada dia mais virtual, tem nos tragado e nos absorvido. Claro que também nos divertido. E continuamos.

Blog é exercício diário de comunicação. Nele cabem todos os tipos de conversas: tem daquelas pra boi dormir, conversa mole, fiada, conversa de pé de orelha (?), conversa tipo papo cabeça e por aí vai que vai. Blog é língua. Nossa língua traduz vidas em português. "Língua - Vidas em Português" é o filme em cartaz no próximo sábado (20/08) no Cineclube Coxiponés. Às 18h, sessão gratuita e pipoca também. Fica na UFMT, próximo ao Museu de Arte e Cultura Popular.


Por muitos anos o Coxiponés foi o único cinema de Cuiabá. Ele ofereceu os mais finos biscoitos da época, formou uma geração e cremos que continua a missão. Naqueles tempos, cineastas como Ingmar Bergman, Fellini e Werner Herzog eram ícones do cinema. E o cineclube disponibilizava obras desses caras. O Coxiponés, justiça seja feita, foi um point cultural descolado e frequentado pela elite intelectual de outras eras. É o mais antigo cineclube de Mato Grosso. Ainda resiste e continua sendo o point do cinema não comercial. Falar sobre o Coxiponés é pauta cabível aqui.

O sétimo selo, de Bergman 
  
Noites de Cabíria, de Fellini
 Sugerir essa co-produção Brasil/Portugal de 2004, de Victor Lopes, vale a pena. O filme foi produzido em países como Moçambique, Índia, França e Japão, sempre explorando a lusofonia. Estima-se que 200 milhões de pessoas falam português no planeta.

Saramago, línguas em português


João Ubaldo e Cia.
Traz depoimentos de artistas como Mia Couto, Saramago, João Ubaldo Ribeiro e até Martinho da Vila, entre outros famosos e não famosos. Às vezes engraçado, às vezes documental, emocional; "Línguas..." é um filme, no mínimo curioso. Algumas de suas passagens estão cravadas em minha memória, como o Saramago grunhindo, para explicar algo como a decadência da língua portuguesa, ou um grupo de alunos em processo de alfabetização, em algum país da África, repetindo em coro as lições.
 
Já que o assunto é cinema, entra em cartaz nesta sexta nos shoppings da cidade "Meia Noite em Paris". Woody Allen na cabeça. Não custa recomendar. E é isso. 

New Woody
No mais, é lembrar que emplacamos nosso post 200. Ainda não temos pleno domínio em torno do que nos faz escrever, escrever e escrever quase todos os dias. Um dia a gente descobre, se é que isso é tão importante assim. Parece que não. Blog tem mais a ver com espontaneidade e com improviso à flor da pele. Saudações blogueiras.

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