domingo, 30 de janeiro de 2011

Morada Aracnídeo
Domingão sem mormaço. Com solão rachando a cachola. Tipicamente cuiabano. E o cimento do quintal urrando de quentura. Difícil até mesmo estender as roupas no varal, descalço, por causa do chão demais de quente. Ufa...

Quando o sol abre em todo seu esplendor aqui em Cuiabá, especialmente num domingo, a primeira coisa que me dá é a saudade da praia. Meus tempos de Rio de Janeiro e minha infância em Niterói quando, aos domingos, meu pai nos acordava aos gritos de ‘olha a praia’... ‘olha a praia’. E lá íamos no Aero Willys branco, rumo as praias que ficam afastadas da cidade. Itacoatiara, Itaipu, Piratininga. Tempo bom. Não volta mais.

Meu vizinho aqui de bairro, que toca um pequeno mercado, onde tenho conta há 15 ou mais anos, o Emerson, tirou férias e fechou o estabelecimento. Todos os anos ele faz isso. Neste ano, pouco antes de fechar, disse-me que ia para o rio, curtir uma praia e comer siri. Putz, que inveja. Mas depois se explicou: foi pro Rio Cuiabá, na Praia Grande, em Leverger, comer siriguela. Tá valendo.

Velha companheira dos domingos

E a dupla aqui do Tyrannus ficou emburacada, trancafiada no lar. Chique no úrtimo, com um desses ar condicionados modernos, agora também na sala. Cervejinha, vinho, futebol pela televisão, filmes, rangos produzidos... Um bacalhau no sábado, uma paleta de cordeiro domingo. É bom. Ficar em casa também é programaço.

Invasão... alienigenas e sua nave espacial

Nenhum problema sério, nada mais desconfortável rolou neste final de semana. Uma pena que a cafeteira italiana, agora com borrachinha nova, não funcionou. Acho um luxo essa cafeteira e a Fátima passou numa dessas lojas que tem tudo, onde achou a peça que supostamente estava estragada. Sabem como é. As mulheres, ou pelo menos a maior parte delas, não resiste a uma boa loja de utilidades domésticas. Aqui em casa temos uma coleção desses pequenos objetos que facilitam as lides domésticas, ainda mais na cozinha. Aparelho que descasca legumes, centrifugador de folhas para retirar a água, fazedor de espuma pra capuccino, pegador de petiscos fritos e por aí vai que vai.



Mas, voltando à cafeteira, quando fui informado que ela voltaria a funcionar, fiquei feliz. Não sou tão amante do café, mas acho esse utensílio, um design bem sucedido italiano, coisa demais de bacana. Certa vez vi uma bela moça com um par de brincos que reproduziam essas diminutas cafeteiras. Que coisa graciosa... Tava que era um brinco. Pois é. Mas então, a reinauguração da nossa cafeteira italiana fica pra outro dia.

No final da tarde deste domingo, consegui ouvir o sino da felicidade, um desses que a gente pendura num local estratégico da casa e, quando venta, soa um discreto badalar. Também o temos. O nosso, como é feito de um metal oco por dentro, achou de servir de casa para uma pequena aranha. Daí que ele fica meio amarrado e precisa de vento pra soar. Só brisa não lhe basta. E, sinceramente, não pretendo desalojar a aranha que já faz parte do ecossistema doméstico.

Presente direto do Moma


Presente de casamento
Então é isso. Ficamos curtindo o aconchego do lar em mais um final de semana. Apreciando e curtindo pequenas coisas, objetos, hábitos e gestos, cuja somatória, também resume um pouco da nossa felicidade. E é justamente ela, a tal felicidade, que a gente descobre e precisa conquistar no ambiente doméstico, a pedra fundamental da conversa de hoje do Tyrannus. Simples e corriqueira. Sem mais para o momento...
     
Pieguices do amor

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