quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Noroeste de MT: Expedição científica


Protegendo a natureza... humana?

Em casa de ferreiro, espeto é de pau. Até parecia que no Tyrannus melancholicus ia pintar com frequência textos e artigos sobre a área ambiental. Mais ainda não tinha se sucedido tal momento. Aí agora, enfim, pintou...

Final de ano e mais uma viagem de campo para a Vila Guariba. Você imagina onde é? – Fica ali quase que inscrustada na  linha seca, divisa de Mato Grosso com o Estado do Amazonas. Linha seca... sabe o que é, né? 
Vila Guariba, na seca

Vila Guariba, nas chuvas
Lá no Guariba me reuni com com uma rapaziada que planejou e logo partiu para uma expedição científica. Começou dia 1 e termina no dia 20 de dezembro. É um trabalho em parceria da SEMA com o WWF-Brasil, com objetivo de fazer um levantamento rápido, de mamíferos, peixes, aves, vegetação, qualidade das águas e socioeconomia da Estação Ecológica do Rio Roosevelt, da Estação Ecológica do Rio Madeirinha, Parque Estadual do Tucumã e Reserva Extrativista Guariba Roosevelt. Uns 500 mil hectares de floresta virgem (?).  

Oh, não é só rapaziada , tem moçada também, de tudo quanto é lugar e de todas as idades. Cada um desempenhando  sua função, todas importantíssimas: piloteiros de barco, motoristas, ajudantes de campo, cozinheira, piloto de avião, pesquisadores, jornalista, fotógrafo...   loucos pra embrenhar na última fronteira de floresta nativa de Mato Grosso. 

O bando de loucos!!!!!! 
Esse pessoal vai passar dias se sacudindo em estradas de terra, navegando por rios amazônicos em terras matogrossenses e voando por um céu pesado, cor de chumbo, prestes a desabar. O tempo (meteorologia) nessa época do ano é uma incógnita, tudo pode acontecer para ajudar ou atrapalhar o trabalho.

Sabe lá o que é descer o Rio Roosevelt (antes, Rio da Dúvida, homenagem ao presidente americano, Theodore Roosevelt, que desbravou esse mundão. Mas, dessa feita mero  coadjuvante de  um brasileiro, ilustre cidadão de Mimoso e porreta, conhecido como Marechal Cândido Rondon) até o estado do Amazonas e aí subir  o rio Madeirinha,  em Mato Grosso, abrir picadas, montar acampamento e depois retornar pelo mesmo caminho? São dias e mais dias de trabalho com a participação especial de milhares de piuns.

O que chama atenção nesse grupo é o uso escancarado de tecnologia. São os naturalistas cibernéticos (trena a laser, máquina  fotográfica que registra fotos com 360° e outras parafernálias). Tudo muito prático, fácil ... pra eles, que nasceram com o DNA do Vale do Silício. Pra nós, simples mortais, usar essa tecnologia é o fim. Shapes files e os milhões de comando, não é pra minha geração. O basicosinho tá bom. Constatar o esforço e entusiasmo destes naturalistas cibernéticos é muito bacana, pois eles conseguem dados e geram informações com muita rapidez para que sejam  tomadas  sábias decisões.  Um bando de loucos, loucos pelo conhecimento!!!!!!!!!!!!!!!!    

Pra quem não conhece, vai aí uma sequência de fotos da Amazônia Matogrossense:

Campo Novo dos Parecis

Chuva, no Planalto do Parecis
A caminho de Colniza
Toras e mais toras, da floresta
Até que... tomba

Melhor não desdenhar, a viagem é longa


A tragédia da Medusa Amazônica 

2 comentários:

  1. gostaria de rever cantores de cuiaba.Antigos que
    começou de baixo fazendo o nome como por exemplo Edinho Cuiabano como começou e o porque acabou.Eu o conheci e adorava ver ele cantar rsrsr E vc conheceu?????

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  2. No ano de 1994 ele estava começando,ele tinha uma brasilia amarela.Guardava teus istrumento na camara dos deputados.Noça na epoca do yes banana,e Aspemati clube do cpa.Inclusive tocava muito em Barzinhos e tambem em eventos da prefeitura la no cpa era muito bacana.Agora eu pergunto Onde ele foi parar assim como muitos outros????????

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